quinta-feira, 9 de outubro de 2025

Redenção: 📌 Capítulo 9 – A perda do universo perfeito

 

O universo como obra de Deus

A criação não se limita à terra. O universo inteiro é expressão da glória de Deus. O salmista declarou:

“Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos” (Salmo 19:1).

Quando o Senhor criou todas as coisas, tudo estava em perfeita harmonia. Não havia caos, desordem ou corrupção. Cada estrela, planeta e elemento cósmico obedecia à ordem divina. O universo refletia a perfeição do Criador.


O impacto da queda no cosmos

A queda do homem não afetou apenas a vida humana ou o planeta terra. Ela trouxe consequências para todo o universo.

O apóstolo Paulo afirma:

“Sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora” (Romanos 8:22).

Isso significa que todo o cosmos foi atingido pela corrupção do pecado. A desordem, o sofrimento, as catástrofes naturais e até o desgaste da criação são sintomas de que a rebelião humana gerou um impacto universal.

A entrada do pecado trouxe desequilíbrio:

  • A morte passou a governar não apenas sobre o homem, mas sobre toda a criação.

  • A ordem perfeita deu lugar à instabilidade.

  • A criação deixou de ser totalmente harmônica e passou a “gemer” aguardando restauração.


O universo provisório e o definitivo

A Bíblia revela que o universo em que vivemos é provisório. Embora carregue a beleza e a glória do Criador, também manifesta os efeitos da queda: trevas, tristeza, dor e morte.

Mas esse universo não é o destino final da humanidade. João, em Apocalipse, descreve o projeto definitivo de Deus:

“E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram” (Apocalipse 21:1).

O plano eterno de Deus é substituir o universo marcado pela corrupção por um novo ambiente, onde não haverá mais luto, dor ou destruição.


A reconciliação cósmica em Cristo

A redenção não é apenas individual ou espiritual — ela é cósmica. Paulo escreve que Deus, em Cristo, reconciliou consigo todas as coisas, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra (Colossenses 1:20).

Isso significa que o sacrifício de Jesus não apenas salva pessoas, mas também inaugura o processo de renovação de todo o universo. A cruz não é só a resposta para o pecado humano, mas também a garantia de que toda a criação será restaurada.


Aplicação prática

Saber que este universo é provisório nos ensina três lições importantes:

  1. Esperança – não devemos nos desesperar diante das dores e catástrofes do mundo. Elas são sinais de que o universo aguarda a redenção final.

  2. Responsabilidade – mesmo sendo provisório, o universo é criação de Deus. Somos chamados a cuidar dele com zelo e respeito.

  3. Fé no definitivo – nossa esperança não está neste mundo, mas no novo céu e na nova terra, onde reinaremos com Cristo.


Conclusão

Com a queda, perdemos o universo perfeito. O cosmos, que deveria refletir plenamente a glória de Deus, foi afetado pela corrupção do pecado. Mas em Cristo, temos a promessa de um universo definitivo, restaurado, livre de dor e cheio da presença de Deus.

Assim, vivemos hoje entre o já e o ainda não: experimentamos a beleza da criação atual, mas aguardamos o universo perfeito que será revelado na eternidade.

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