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A história da redenção não começou em Gênesis, mas na eternidade. Antes que o mundo fosse criado, antes que existisse tempo, espaço ou matéria, o coração de Deus já pulsava com um propósito: amar e resgatar a humanidade.
A Bíblia nos lembra que Deus não foi surpreendido pelo pecado de Adão e Eva. Sua onisciência já previa a queda, e ainda assim Ele decidiu criar o homem. Isso nos mostra que o plano redentor não foi um improviso, mas uma decisão eterna, nascida do amor do Pai.
O apóstolo Paulo declara: “Assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele em amor” (Efésios 1:4).
Antes da fundação do mundo, Deus já nos via em Cristo. Esse é o coração do Pai: desde a eternidade, Ele planejou reconciliar consigo aqueles que se perderiam, oferecendo o maior presente — a salvação em Jesus.
O que significa redenção?
A palavra “redenção” traz a ideia de resgate. No contexto bíblico, remete à libertação de um escravo mediante o pagamento de um preço. No Antigo Testamento, por exemplo, a lei permitia que um parente próximo resgatasse alguém da escravidão ou devolvesse-lhe a herança perdida.
Da mesma forma, todos nós, pela queda, nos tornamos escravos do pecado e perdemos a herança divina. Mas Deus, em Seu plano eterno, providenciou um Redentor: Cristo Jesus. Ele pagou o preço com Seu próprio sangue, não apenas para nos libertar da condenação, mas também para nos restaurar ao propósito original de Deus.
Pedro escreve: > “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados... mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado” (1 Pedro 1:18-19).
Redenção não é apenas livramento do mal, mas a restauração daquilo que foi perdido. É como uma obra de arte antiga que foi danificada pelo tempo e agora é cuidadosamente restaurada à sua beleza original. Assim faz Deus conosco: Ele nos restaura para que reflitamos novamente Sua imagem e glória.
A centralidade de Cristo no plano divino
Se o plano da redenção nasceu no coração do Pai, Cristo é o centro desse plano. Toda a Escritura aponta para Ele:
No Antigo Testamento, Ele é anunciado nas profecias e simbolizado nos sacrifícios.
Nos Evangelhos, Ele aparece em carne, vivendo entre nós.
Nas cartas apostólicas, Sua obra é explicada e aplicada à vida da Igreja.
Em Apocalipse, vemos a consumação de todas as coisas em Cristo, o Cordeiro que venceu.
Paulo afirma: > “Nele, digo, no qual também fomos feitos herança, havendo sido predestinados conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade” (Efésios 1:11).
Cristo é a chave da história humana. Sem Ele, não há sentido, não há salvação, não há futuro. Tudo foi criado por Ele e para Ele (Colossenses 1:16). Por isso, não podemos entender o plano eterno de Deus sem olhar para Jesus como o centro da redenção.
Entender que a redenção nasceu no coração do Pai, que significa resgate e restauração, e que tem Cristo como centro, deve mudar a forma como vivemos. Isso nos dá segurança: nossa salvação não depende de obras humanas, mas de um plano divino eterno. Também nos dá esperança: se Deus já sabia de nossas falhas e ainda assim nos amou, podemos confiar que Ele concluirá a boa obra que começou em nós.
A redenção não é apenas uma doutrina, é um chamado para viver como filhos resgatados. Isso significa andar em gratidão, refletir a imagem de Cristo e viver cada dia para a glória de Deus.

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